OBJETIVO: considerando que, até o momento, a união braquete/resina é conseguida mecânica e quimicamente, esse estudo propôs avaliar: 1) a eficiência da metodologia empregada para avaliação da força de união da interface resina/braquete; 2) a resistência adesiva da interface resina/braquete sob esforços de cisalhamento, empregando três marcas comerciais de resina composta (Concise ortodôntico, Transbond-XT e Filtek-Z-250); 3) o efeito, nesta resistência adesiva, do jateamento com óxido de alumínio, aplicado na base do braquete metálico, associado ou não ao sistema adesivo resinoso dentário. METODOLOGIA: para avaliar a união adesiva, especificamente na interface resina/braquete, empregou-se uma máquina universal de ensaios e o teste preconizado foi o de cisalhamento. RESULTADOS E CONCLUSÕES: após análise estatística (análise de Variância e, posteriormente, teste de Tukey) e discussão dos resultados, conclui-se que: a ocorrência de 12,5% de fraturas coesivas pode ser considerada mínima, indicando que a metodologia empregada pode ser considerada confiável para avaliar especificamente a força de união da interface resina/braquete; em relação aos tipos de materiais empregados, sem nenhum tratamento prévio, as resinas compostas Concise ortodôntico, Transbond-XT e Filtek-Z-250 apresentaram valores similares de resistência adesiva sob esforços de cisalhamento; os tratamentos que incluíam a aplicação do adesivo específico, com ou sem jateamento com óxido de alumínio na base do braquete, foram mais efetivos para a resina composta Concise ortodôntico, quando comparados ao seu grupo controle; os tratamentos de jateamento com óxido de alumínio, associado ou não ao adesivo específico na base do braquete, foram mais efetivos estatisticamente para a resina composta Transbond-XT, quando comparados ao seu grupo controle; para a resina composta Filtek-Z-250, quando utilizado o adesivo Single Bond na base do braquete, associado ou não ao jateamento com óxido de alumínio, houve uma queda dos valores de resistência ao cisalhamento. O tratamento com jateamento de óxido de alumínio na base dos braquetes melhorou todos os valores de adesividade para todos os materiais de colagem utilizados nesta pesquisa.
AIM: Considering that the adhesion between the brackets and the resin is chemo-mechanical, the aim of this study was to investigate: 1) the efficacy of the method used to assess the bond strength at the resin/bracket interface; 2) the shear bond strength of the resin/bracket interface using three resin composites (Concise orthodontic, Transbond XT and Filtek Z-250); 3) the effect of sandblasting of the base of the metallic bracket with aluminum oxide, associated or not to the application of adhesive. METHODS: Shear bond strength was carried out at a universal testing machine. Data were submitted to analysis of variance and Tukey multiple comparison test. RESULS AND CONCLUSIONS: The occurrence of 12.5% of cohesive failures may be considered minimal, thus indicating that the method is appropriate to assess the bond strength at the resin/bracket interface. The different resin composites (Concise Orthodontic, Transbond XT and Filtek Z-250) used for bonding without any previous surface treatment of the bracket (control groups) resulted in similar shear bond strength. The application of adhesive, with or without previous sandblasting of the base of the bracket, improved the shear bond strength for the Concise orthodontic resin composite, when compared to its control group. Sandblasting of the bracket, regardless of the combined use of adhesive, was statistically superior for the Transbond XT resin composite when compared to its control group. The application of the adhesive Single Bond in the base of the bracket, with or without previous sandblasting, promoted a decrease in the shear bond strength for the Filtek Z-250 resin composite. Sandblasting of the metallic bracket with aluminum oxide improved the adhesion at the resin/bracket interface for all the resin composites used in this study.